sábado, 11 de dezembro de 2010

so thank you for being that kind of boy



«If the world would fall apart in fiction worthy wind
I wouldn't change a thing now that you're here...
»

terça-feira, 23 de novembro de 2010

razões; para quê?

«...'cause nothing can compare in this world to you.»


Lembras-te de todas as vezes em que te disse que não sei porque te adoro assim? Numa destas noites de insónia, enquanto pensava em ti só por pensar, sem procurar razões, descobri que - não intencionalmente - te menti. A verdade é que poderia enumerar um sem número de motivos que justificassem este meu gostar de ti mas, no fundo, nada acabaria por ser suficiente.
Podia começar por referir, por exemplo, como adoro o teu sorriso, que me faz querer apertar-te com toda a força sempre que ele se esboça na tua cara, por achar que não existe em lado algum expressão mais querida ou bonita. Como consequência, lembrar-me-ia da forma como te ris incontroladamente quando me queres contar uma das tuas histórias engraçadas. Então, ainda antes de começares, ris sem parar e eu, mesmo sem ter sequer ouvido uma palavra tua, rio-me contigo, por me soar tão bem a melodia das nossas gargalhadas juntas. Tantas são as vezes em que te tapo a boca, na tentativa falhada de te abafar o riso - não porque não o queira ouvir, mas porque, de tão alto que ecoa nas minhas emoções, silencia a (pouca) razão que ainda me resta.
Ao relembrar a tua gargalhada, desenhar-se-ia de imediato na minha mente a tua voz, baixinha, cantando-me ao ouvido; e ao coração. E tu bem sabes como gosto de te ouvir cantar... Escolhes sempre – não adivinho se propositadamente - daquelas músicas que fazem chorar. Ou talvez não sejam dessas, mas assim me parece por seres tu a cantá-las. Já a guitarra, nem seria necessário mencionar. Toda a gente conhece a minha predilecção por guitarras e a forma fácil como derreto sempre que posso olhar para ti, ver-te e ouvir-te tocar.
Não tardaria a recordar-me dos teus olhos nos meus e decidiria que essa é das principais razões para te adorar. Olhas-me e descobres-me a alma; a verdade é que, tantas vezes, consegues decifrá-la primeiro do que eu. Confesso que não há solução para resistir aos teus olhos cor de sonho, que me fitam - sinto-o - como se eu fosse alguém especial, merecedora de ser observada até ao mais profundo do meu âmago.
Poderia, ainda, dizer que te adoro por causa dos teus abraços... Mas, sobre esses, perder-me-ia em descrições e pensamentos. De nada me adiantaria falar sobre a sensação de casa que os teus braços me transmitem, sempre que me apertas contra cada batida do teu coração, permitindo-me provar o doce sabor do teu cheiro, que respiro até ao fundo dos meus pulmões, como se do oxigénio que preciso para viver se tratasse. De nada me adiantaria descrever o sentimento de segurança que gozo dentro do teu abraço, como se ali fosse o meu porto seguro, onde nada nem ninguém me pudesse atingir, como se o mundo à volta fosse engolido por um turbilhão silencioso. Ou, então, de nada me adiantaria compará-los àquela minha definição de conforto, perdida num dos tantos dias que estive longe dos teus braços, que uma vez te tentei explicar – aquela em que te dizia que um abraço teu era ainda melhor que um dia chuvoso e frio de inverno passado, de pijama, no sofá da sala, embrulhada no mais quente dos cobertores, com uma caneca de café numa mão, uma torrada na outra e os olhos pregados na televisão a um filme bonito. E olha que esta é, a meu ver, das sensações de conforto supremas! De nada me adiantaria falar de tudo isso ou muito mais porque, no fundo, não há conjunto de palavras capazes de dizer como é que teus abraços me levam a gostar tanto de ti.
Não me esqueceria, evidentemente, das noites que passei com a cabeça deitada no teu peito, a ouvir as tuas histórias, a contar-te os meus medos, enquanto penteavas devaneios no meu cabelo. Ou como me fazes corar e sorrir com esse teu jeito tão querido, até quando dizes que não gostas de o ser. Nem tão pouco me esqueceria das ruas que já percorremos juntos, nas quais deixámos pegadas de história e de afecto. Ou de como considero que a minha mão pequena tão perfeitamente encaixa entre os dedos teus. Não me esqueceria, definitivamente, de todas as coisas que, ao pensá-las, acredito que só tu – e mais ninguém - as poderias ter feito, como se fosses o único capaz de me fazer rir e sentir e viver tão intensamente.
Mas para quê perder tempo a enumerar todo um sem número de razões para explicar o porquê de te adorar assim, se, na verdade, todas elas são insuficientes, inúteis de dizer e, pelo contrário, tão naturais e inefáveis de sentir?!


(e, hoje, faz um mês que te abracei depois de uma ausência cruel; e, hoje, falta uma semana para te abraçar novamente)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ruas.

Percorro estas ruas em que não te encontro. Sigo as pegadas, outrora nossas, que o tempo já gastou. Procuro reconhecer um sinal de ti, um cheiro, um gesto ou um sorriso nas centenas de pessoas que, todos os dias, passam por mim nesta cidade vazia. E não encontro. Talvez não encontre por não crer que exista no mundo algum odor, ou jeito, ou sorriso comparáveis ao que os teus provocam em mim. E, quando porventura os encontro, de imediato acordo, frustrada, de um sonho bom.
O que mais dói é saber que já te abracei nestas ruas, e agora já cá não estás mais - nem nestas ruas, nem nos meus braços. De cada vez que o penso, sinto uma felicidade triste - ou será uma tristeza feliz? - pelo facto do "não estar mais" significar que, pelo menos, algures no tempo, já estiveste. E então sorrio, ou choro - depende do estado de espírito - de saudade.
Nesses momentos, recordo-me de como és bonito, tão bonito que foste capaz de tornar Roma mais bela ainda. A luz que tu, mesmo em dias cinzentos de chuva, lhe trouxeste... Gostava de a poder explicar, descrevê-la à tua altura, mas não te sei escrever mais. Roubaste-me as palavras quando, pela primeira vez, me apertaste, qual muralha, dentro do teu abraço. E eu deixei assim as palavras ficarem contigo, ao senti-las fugir a cada compasso do bater do teu coração.
Por não saber escrever-te mais, ao texto falta alguma coisa, uma conclusão mais definida, como me ensinaram a fazer na escola. No entanto, decidi deixá-lo assim - inacabado. Incompleto. Condiz comigo sem ti...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

distâncias sem perdão



«Porque tu deixas em mim tanto de ti,
Matam-me os dias, as mãos vazias de ti...
»

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

voar

De minha casa, eu vejo os aviões. Tantas e tantas vezes, mal ponho um pé fora da porta, os ouço lá em cima, a sobrevoar o céu, transportando dezenas de estranhos a quem não imagino sequer a cara. Pergunto-me quem serão essas pessoas que passeiam por entre as nuvens e desejo, todas as vezes, que uma delas fosses tu. Pergunto-me se algum dia ou – numa versão mais optimista e sonhadora de mim - quando serás tu que te encontras ali sentado no céu, num banco de avião que sobrevoa a minha casa, onde, ansiosamente, te espero ver entrar. Pergunto-me quando, também nós, voaremos de novo, como as tantas (e, na verdade, tão poucas, por muitas que pareçam) outras vezes em que me fizeste voar, rasgar as nuvens, rasgar o céu
Não acreditarias se eu te dissesse quanto tempo, tal como um avião, também eu me perco no céu e voo… O meu destino, esse é sempre o mesmo, mas, por mais estranho que me soe, eu não me canso deste trajecto sempre igual. Vou e volto a toda a hora, mais rápida do que um foguetão, mais frágil do que um avião de papel.
Em cada viagem, trago-te comigo, para podermos os dois ficar sozinhos por uns instantes. No entanto, quando te levo de volta, é como se deixasse cair o meu coração a mais de 10 000 metros de altitude. Olho para ele, em queda livre em direcção à terra, prestes a sofrer o impacto que, aos pouquinhos, o devasta. Porque eu te deixei aí. Porque tu não estás senão na minha mente, nos meus voos imaginários...

Porque tu não estás aqui, e eu queria que estivesses.



“e que eu morra aqui se um dia eu não te levo a Itália, nem que eu leve a Itália até ti…” :)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

stories.

- Would you tell me a story, please?
- Okay. All right. Once upon a time... there was a little boy named...
- Oh, lucky me, you just got it on reserve like that. Okay. Let me guess. His name was Ben.
- No, actually, this little boy's name is Tim.
- I like the name Tim. Go on.
- Tim's little brother was always pestering Tim... to make him paper airplanes, because he was really good at it. But Tim had much bigger dreams than that.
- Okay. Then what happened?
- One day, Tim went out to the backyard... and he put leaves and taped branches to his arms ...and started climbing the big oak tree. His little brother said, "Tim, you can't fly." And he said, "Yeah? You just watch." He got all the way to the top and jumped.
- How tall was this tree?
- It was... It was pretty tall. He broke his arm.
- Oh, my God... This is a horrible story.
- Oh, no, no. It gets better. From that experience, Tim realized that he wanted to fly. So he dedicated his life to making spaceships.
- I thought you said this was a good story.
- Oh, well... Yeah, that is... until the dragons showed up.
- Oh, okay, see, now it's getting better. I like dragons. Especially dragons in space.
- Yes, and these were fire-breathing space dragons... with really bad attitudes.
- I see.
- I have an idea. Why don't you try to fall asleep... and when you do, I'll just hang up.
- Okay. Ben?
- Yes.
- Thank you for listening. And for talking.
- Try to fall asleep.
- Good night, Ben.
- Good night, Emily.

(Seven Pounds)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fica,


- Enquanto não fores, será sempre tempo de partires.
- Por que queres tu que eu fique?
- Porque é preciso.
- Não é razão que me convença .
- Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar.
- Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto.
- Não te deitei tal, não te disse uma palavra, não te toquei.
- Olhaste-me por dentro.
- Juro que nunca te olharei por dentro.
- Juras que não o farás e já o fizeste.
- Não sabes de que estás a falar, não te olhei por dentro.
- Se eu ficar, onde durmo?
- Comigo.


(Memorial do Convento, José Saramago)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Às vezes, tenho tanto medo.
(and I don't wanna lose you)

domingo, 12 de setembro de 2010

236

So what if I never hold you or kiss your lips again?
So I never want to leave you and the memories of us to see.
I beg don't leave me.

a melody, a memory or just one picture.




Adoro-te.
(e é tudo o que importa)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

'bout how you saved my life.


«At the end of the day faith is a funny thing. It turns up when you don't really expect it. It's like one day you realize that the fairy tale may be slightly different than you dreamed. The castle, well, it may not be a castle. And it's not so important happy ever after, just that it's happy right now. See, once in a while, once in a blue moon, people will surprise you and once in a while people may even take your breath away

domingo, 22 de agosto de 2010

Happiness x)

«Happiness is like the old man told me:
Look for it, but you'll never find it all. Let it go, live your life and leave it. Then one day, wake up and she'll be home.»


Pela primeira vez em muito, muito tempo, encontrei um bem-estar permanente - ou, como agora diria alguém com a sua voz mais parva e sarcasticamente feliz, "happiness!"
Lembro-me de, há uns meses atrás, ter aqui escrito que tinha perdido o "meu tempo" e queria recuperá-lo. Dizia eu que, ao contrário do que na altura sucedia, "houve um tempo
em que eu acordava sempre com a esperança de que o dia fosse mais longo, como se o meu querer desesperado que cada momento fosse eterno me permitisse acrescentar-lhe mais algumas horas."
Hoje, posso outra vez dizer que acordo sempre com a ânsia de que o dia não acabe. Posso contar a minha história dizendo que, hoje, é o tempo em que os sorrisos e as gargalhadas são o mais frequente dos meus dias - e até mesmo das noites. Que uma boa dose de diversão e loucura enche as minhas horas e que todos os minutos têm o sabor de um verão de menta e chocolate. Posso, enfim, contar que estou a viver verdadeiramente cada segundo da minha vida.
Se queria que não estivesse a acabar? Naturalmente. Gostava, agora mais do que nunca, porque está a chegar ao fim, de acrescentar mais algumas horas ao tempo que me resta aqui. Queria voltar ao início e viver tudo só mais uma vez, antes de embarcar na maior aventura e oportunidade da minha vida. Contudo, não sendo tal sonho possível, tudo o que tenho a fazer é continuar a aproveitar ao máximo os últimos segundos desta vida. Porque, durante 6 meses, uma nova vida me espera. Diferente. Melhor, talvez. E eu vou estar lá, de corpo e alma. Como sempre sonhei.
Pelo menos, tenho a certeza que o meu tempo não vai terminar depois do Verão, porque um outro tempo feliz vem aí e, assim, este bem-estar actual vai, muito certamente, prolongar-se.

(é só um desabafo.)


Um dia, todos os dias serão meus. Hoje é o dia!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

fases.

Lua Adversa


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

(Cecília Meireles)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

now or never

«When we were five, they asked us what we wanted to be when we grew up. Our answers were things like, astronauts, president... or in my case, a princess. When we were ten, they asked again. We answered, a rock star, cowboy, or in my case, a gold medalist. But now that we're grown up, they want a serious answer. Well, how about this. Who the hell knows?

This isn't the time to make hard and fast decisions; this is a time to make mistakes. Take the wrong train and get stuck somewhere. Fall in love... a lot. Major in philosophy, because there's no way to make a career out of that. Change your mind, and change it again, because nothing's permanent. So, make as many mistakes as you can. That way, someday, when they ask what we want to be, we won't have to guess... we'll know.»

sexta-feira, 25 de junho de 2010

parar é morrer!

«Para a frente! para a frente! Parar é morrer;
parar é a gente sentir-se calcado pelos que vêm atrás (...)»



Tonight I'm gonna have myself a real good time
I feel alive
and the world it's turning inside out
I'm floating around in ecstasy
So don't stop me now don't stop me
'Cause I'm having a good time having a good time

I'm a shooting star leaping through the skies
Like a tiger defying the laws of gravity
I'm a racing car passing by like Lady Godiva
I'm gonna go go go
There's no stopping me

I'm burning through the skies yeah!
Two hundred degrees
That's why they call me Mister Fahrenheit
I'm traveling at the speed of light
I wanna make a supersonic man out of you

Don't stop me now I'm having such a good time
I'm having a ball, don't stop me now
If you wanna have a good time just give me a call
Don't stop me now ('Cause I'm having a good time)
Don't stop me now (Yes I'm having a good time)
I don't want to stop at all

I'm a rocket ship on my way to Mars
On a collision course
I am a satellite, I'm out of control
I am a sex machine ready to reload
Like an atom bomb about to explode!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

momentos


«Há momentos assim na vida: descobre-se inesperadamente que a perfeição existe, que é também ela uma pequena esfera que viaja no tempo, vazia, transparente, luminosa, e que às vezes (raras vezes) vem na nossa direcção, rodeia-nos por breves instantes e continua para outras paragens e outras gentes. (...) A perfeição existe de passagem. Não para se demorar. Muito menos para ficar.»


(José Saramago, Manual de Pintura e Caligrafia)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

paixão.


«Se eu pudesse contar uma história só com palavras, não precisava de andar com uma câmara.»

segunda-feira, 14 de junho de 2010

just close your eyes and count to five.

A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,

Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.

[Fernando Pessoa]

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Oh God,

dá-me um bocado mais de paciência!

domingo, 6 de junho de 2010

summer romance.



Some people fall in love and touch the sky.
Some people fall in love and find quicksand.
I hover somewhere in between, I swear, I can't make up my mind.

(Brandon Boyd ♥)

terça-feira, 25 de maio de 2010

fuga

Agora, devia estar a escrever a notícia para Rádio, que tenho de entregar amanhã. Ou, então, podia começar a fazer a reportagem de Imprensa; estudar para Online, tendo em atenção que a frequência é já na próxima sexta-feira. Ou podia, ainda, estar a adiantar o trabalho de CE para acabá-lo até dia 4 e, assim, ter os 2 pontos extra. Tenho, também, que terminar a infografia para Design que, de resto, está quase pronta, embora o blog da disciplina - que conta 50% da nota - esteja muito desactualizado e pobre.
Em vez disso, contudo, estou a vaguear pela Internet, sem saber ao certo o que ver e a, de olhos fechados, andar para cima e para baixo na minha lista de músicas para escolher uma ao calhas, comprometendo-me a ouvi-la até ao fim, mesmo que já não soe bem ao ouvido. A sorte é que até não têm saído músicas muito más. (Não devia ter gabado a minha boa sorte; agora estou a ouvir Beautiful Girls, do Sean Kingston. Peço(-me) desculpa, mas nem sei como cheguei a gostar disto!)
Como consequência, já sei que me vou deitar tarde e, provavelmente, acabarei por adormecer amanhã, faltando a (mais uma) aula de vídeo, que por sinal é a última.
Às vezes, gostava de poder explicar a mim mesma a razão de tanta preguiça, que fica pior de dia para dia. Não me recordo de alguma vez ter chegado a este extremo. Depois queixo-me das notas - muito abaixo daquelas que estabeleci - e culpo-me durante meses. Prometo que daí para a frente serei mais dedicada e, pelo contrário, a tendência é ser pior.
Enfim, mas também não vale a pena pensar muito no assunto porque, sabendo como sou, vou perder muito tempo - precioso - a ponderar todas as desculpas que posso inventar a mim própria. E a verdade é que, no fim de contas, nunca chego a uma conclusão plausível. Por isso, por enquanto, vou tentar voltar às minhas tarefas, para poder aliviar carga de trabalhos e a consciência e, então, sentir-me mais responsável.

sábado, 24 de abril de 2010

Cansaço.

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

(Álvaro de Campos)

domingo, 21 de março de 2010

teach me to love you, show me the light.

I almost touched it, but then it slipped right through my hands.
Could almost see it, but then it slipped right out my mind.




quinta-feira, 11 de março de 2010

morre lentamente

«Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.»

Pablo Neruda

quinta-feira, 4 de março de 2010

e de repente arrancaram-me os sonhos

«La vita non è come l'hai vista al cinematografo: la vita è più difficile.»

terça-feira, 2 de março de 2010

o lado claro de um dia mau

(...) Making us take the blame
Making us cold in the night
Making us question our heart and soul
And I think that it's not quite right


Hey! Stay strong and invincible
'Cause we know just what we are
And come what may we're unstoppable
'Cause we know just what we are!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

trapo.

«...pesava-me qualquer coisa, uma ânsia desconhecida, um desejo sem definição, nem até reles. Tardava-me, talvez, a sensação de estar vivo. E quanto me debrucei da janela altíssima, sobre a rua para onde olhei sem vê-la, senti-me de repente um daqueles trapos húmidos de limpar coisas sujas, que se levam para a janela para secar, mas se esquecem, enrodilhados, no parapeito que mancham lentamente.»

(O Livro do Desassossego, Bernardo Soares)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

scars

«Wounds remind us that we're breakable. They give an exact GPS location of where we stand in life. And often they leave a scar forever tying us to that moment in time. You see, while perfection is what we're all aiming for, it's the scars that give us the best stories»

(Anne Krien)

love song for no one

«Searching all my days to find you, not sure what I'm looking for...»


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Why can't I be Gretel?

«- Story of my life. Everyone else is all falling in love and acting stupid and goofy and sweet and insane, but not me. Why don't I want that more? I want to want that. Am I wired wrong or something?
- No. Look, you didn't want to be with me so clearly you have abysmal taste in men. But you're wired just fine.
- Well, what if I'm just a cold person? Tonight, Mike was willing to look like a complete idiot for me, but I couldn't be Gretel. Why can't I be Gretel?
- Because you just haven't met the right Hansel yet. One day you're gonna meet a guy who's gonna make you want to look like a complete idiot.»

(How I Met Your Mother)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

she dreams in color...



she dreams in red...
Can't find a better man.

Talking to herself, there's no one else who needs to know...
She tells herself, oh...
Memories back when she was bold and strong
And waiting for the world to come along...
Swears she knew it, now she swears he's gone

sábado, 13 de fevereiro de 2010

sex on fire

«The dark of the alley, the breaking of the day, the head while i'm driving.»

sábado, 6 de fevereiro de 2010

I don't think people are meant to be by themselves...

«That's why, if you actually find someone you care about, it's important to let go of the little things even if you can't let go all the way. Because nothing sucks more than feeling all alone... no matter how many people are around.»

domingo, 31 de janeiro de 2010

suddenly I miss you


Porque é que eu te deixei de lado na minha vida e ainda não te fiz voltar?!

(If one day you wake up and find that you're missing me and your heart starts to wonder where on this earth I could be. Thinking maybe you'll come back here to the place that we'd meet and you'll see me waiting for you on our corner of the street)

sábado, 30 de janeiro de 2010

it's up to us to make the best of all the things that come our way.


Despe a tua alma; conhece-te a ti mesmo! Nunca te esqueças que ninguém vale mais do que tu próprio! Torna bom o que tens de mau, aperfeiçoa o teu melhor. Não tentes ser perfeito, deseja só saber viver contigo e ser feliz! Senta-te e fala contigo, só tu podes ultrapassar os obstáculos. Sorri sempre, deixa cair as lágrimas quando necessário. Olha para ti, ama-te: não é narcisismo, é amor-próprio! Vá, faz o que eu te digo: despe a tua alma, segue os teus sonhos!
(13.08.2008)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

the higher the expectation, the bigger the fall

Did you ever go see a movie that everyone told you was great, and then because of all those expectations, you ended up totally disappointed?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

scrub.

«I think one of the most universal human experiences is feeling alone. You'd never know it, but there's most likely tons of people feeling the exact same way. Maybe because you're feeling abandoned. Maybe because you realize that you aren't as self-sufficient as you thought. Maybe because you know you should've handled something differently. Or maybe because you aren't as good as you thought you were. Either way, when you hit that low point, you have a choice. You can either wallow in self-pity... Or you can suck it up. It's your call.»

sábado, 23 de janeiro de 2010


«you were a big fish in a small pond,
but this here is the ocean and you're drowning»





domingo, 17 de janeiro de 2010

make sure to build your house brick by boring brick

or the wolves gonna blow it down!



(you built up a world of magic because your real life is tragic)

sábado, 16 de janeiro de 2010

tenho frio


Porque não vens e me aqueces?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

we gotta fight

Just know that you're not in this thing alone
There's always a place in me you can call home.


If it's worth having it's worth fighting for.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

(des)acreditar

«Nobody said it was easy, no one ever said it would be this hard...
Oh take me back to the start»


Há muito tempo que deixei de acreditar em mim. Deixei de acreditar no futuro. Deixei de acreditar em amor. Por isso, hoje agarro-me aos trapos do passado e aperto-os com toda a minha força.
No passado eu já acreditei em mim. Acreditava no meu futuro, acreditava no amor. Contudo, isso era no tempo em que eu me sabia capaz, em que me diziam que eu brilhava. Hoje sinto-me inútil e escura. Já não vejo brilho. No tempo em que eu acreditava, podia ter o mundo na mão, até mesmo quando achava que não lhe pertencia. Agora, é o mundo que não me pertence.
Já não me sinto sequer capaz de escrever. Há em mim uma frustração tão grande que quase me leva à loucura. Desiludi-me na única coisa que me fazia sentir orgulhosa de mim mesma: antes era tudo uma questão de brio pessoal, esse valor agora perdeu-se.
Às vezes, penso que não quero crescer, que devia era ter ficado no passado.

(nada do que escrevi parece fazer sentido.)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

.


- Everyone belongs somewhere.
- Maybe not everyone. Maybe some people just get lost.

domingo, 10 de janeiro de 2010

i want to be...

forever young, forever yours!


sábado, 9 de janeiro de 2010

oui, j'ai déjà aimé pour la beauté du geste

«All our young lives we search for someone to love. Someone who makes us complete.
We choose partners and change partners. We dance to a song of heartbreak and hope.
All the while wondering if somewhere, somehow,
there’s someone perfect who might be searching for us.»



(aime-moi moins mais aime-moi longtemps)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

juntas, devoramos o mundo

«Obrigada por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para (por) mim, escutar quem sou... E se ao menos tudo fosse igual a ti»


Hoje, tinha mesmo de vir aqui. Aliás, nem é hoje, é agora.
Tinha de te dizer aquilo que, no fundo, tu tão bem sabes e eu já tantas vezes, silenciosamente, te disse.
És tu quem melhor me acalma. Quem, mesmo longe, me seca as lágrimas. És quem me guia e me dá a mão, incondicionalmente. Não há distância que nos impeça de caminhar juntas, nem tempo que nos esqueça. Nas alturas difíceis, é no teu abraço que eu penso e procuro conforto.
Hoje - quer tenha sido por obra dos deuses, destino, coincidência ou (quem sabe?) do fio invisível que nos une - a música não podia ter chegado aos meus ouvidos num melhor momento. Foi como um sinal da tua fé em mim, da força que todos os segundos me transmites.
Não me recordo nitidamente dos sentimentos que me invadiram, de tantos que foram. Foi como se, por impulso de uma qualquer força cósmica - seria de Deus? - tu estivesses ao meu lado para, como sempre, me mostrares que eu sou capaz. Já não era a voz vinda do rádio que cantava, eram as nossas memórias, a tua força... a nossa telepatia. E sabes que mais? Senti-a mais do que nunca.
Agarrei-me ao volante com tanta firmeza quanto as minhas mãos podiam suportar; fi-lo para me segurar e foi de tal forma forte que certamente não era eu quem, naqueles instantes, estava ali. Soube desde logo que eras tu quem me segurava, quem me apertava tanto a mão e não me largava. Agarrei-me ao volante com a maior força que os meus braços podiam aguentar porque eras tu quem ali estava, era contra o teu peito e os teus braços - transfigurados num simples volante - que eu me apertava.
O mais irónico é que, por muito má que seja a comparação, é mesmo isso que tu és para mim: um volante, com direcção assistida. E, contigo, também trazes as rodas, o combustível e o motor, para que não falte nada neste pobre carro em andamento que é a minha vida.
E é por isso que, juntas, teremos sempre um caminho a percorrer, no qual eu tenho a certeza que chegaremos sempre longe.


(não vou pôr uma foto porque já é tarde e tu queres que eu vá para a cama. mas tu sabes que é para ti <3)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

make your dream

“you make your own dream. that’s the beatles’ story, isn’t it? that’s yoko’s story. that’s what i’m saying now. produce your own dream. if you want to save peru, go save peru. it’s quite possible to do anything, but not to put it on the leaders and the parking meters. don’t expect jimmy carter or ronald Reagan or john lennon or yoko ono or bob dylan or jesus christ to come and do it for you. you have to do it yourself. that’s what the great masters and mistresses have been saying ever since time began. they can point the way, leave signposts and little instructions in various books that are now called holy and worshipped for the cover of the book and not for what it says, but the instructions are all there for all to see, have always been and always will be. there’s nothing new under the sun. all the roads lead to rome. and people cannot provide it for you. i can’t wake you up. you can wake you up. i can’t cure you. you can cure you.”

domingo, 3 de janeiro de 2010

não podia ser mais eu :')

(do facebook) Ana completed the quiz "Qual o filme que se identifica mais contigo" with the result "Cinema Paradiso"


«"Cinema Paradiso" é uma película italiana, realizada por Giuseppe Tornatore e que venceu o óscar para melhor filme estrangeiro em 1990. Os seus maiores apreciadores são normalmente pessoas nostálgicas e com uma incrível veia romântica. Dotado(a)s de uma extrema sensibilidade, apreciam imenso a beleza e a pureza de espírito. Muitas vezes, têm a necessidade de serem direccionados para os seus objectivos, mas quando encontram o rumo são claros vencedores. No entanto, permanece sempre uma réstia importante de um sentimento de incompletude...»

Vida? É isto <3


Gostava que todos os meus dias fossem assim; em que cada minuto pára numa gargalhada e cada gargalhada canta a melodia suave da cumplicidade. Dias em que a noite gélida de inverno é clara e quente e a chuva que cai molha-me o cabelo mas lava-me a alma. Dias em que cada hora tem um sentido e cada segundo devia ser eterno.
Não importa o tempo, o frio nem mesmo a dormência da mente que constantemente me acompanha. Ao respirar a vossa presença, tenho a certeza que, mesmo de olhos fechados, a sincronia perfeita do bater dos nossos corações me guia à plenitude do momento. Porque, convosco, a vida é exactamente como deve ser: minha, nossa.

sábado, 2 de janeiro de 2010