- Enquanto não fores, será sempre tempo de partires.
- Por que queres tu que eu fique?
- Porque é preciso.
- Não é razão que me convença .
- Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar.
- Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto.
- Não te deitei tal, não te disse uma palavra, não te toquei.
- Olhaste-me por dentro.
- Juro que nunca te olharei por dentro.
- Juras que não o farás e já o fizeste.
- Não sabes de que estás a falar, não te olhei por dentro.
- Se eu ficar, onde durmo?
- Comigo.
(Memorial do Convento, José Saramago)
- Por que queres tu que eu fique?
- Porque é preciso.
- Não é razão que me convença .
- Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar.
- Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto.
- Não te deitei tal, não te disse uma palavra, não te toquei.
- Olhaste-me por dentro.
- Juro que nunca te olharei por dentro.
- Juras que não o farás e já o fizeste.
- Não sabes de que estás a falar, não te olhei por dentro.
- Se eu ficar, onde durmo?
- Comigo.
(Memorial do Convento, José Saramago)
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